Se tiverem comentários, literalmente é só falar.







terça-feira, 29 de junho de 2010

Direito Autoral


A Lei de Direitos Autorais está atualmente sendo revisada pelo Ministério da Cultura.

Se você deseja contribuir, tem até o dia 28/07/10 para apresentar propostas.

Maiores informações entre em MinC.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Encontro com Escritores


A Academia Literária Feminina do RS (ALF) faz convite - aberto ao público - para o evento com a escritora Hilda Simões Lopes.

Quando: amanhã – 29/06/10

Hora: 17 hs

Local: ALF - Rua Sarmento Leite, 933 - PoA - RS

Entrada Franca

sexta-feira, 25 de junho de 2010

"BBB" sobre Poesia


O Instituto Cultural Brasileiro Norte Americano (ICBNA) convida a todos para participar do próximo BBB - Bate Boca Bom, cujo tema será Poesia.

A ideia é que o debate informal seja gravado e os depoimentos disponibilizados na internet - e posteriormente em um livro.

Farão parte da mesa os poetas Telma Scherer, Ana Mello, Everton Behenck, Cláudia Gonçalves, Cristiane Lisbôa e Liana Timm.

O BBB ocorre todos os meses com a proposta de realizar conversas em torno do universo da Literatura, voltadas aos apreciadores de livros e da cultura.

Quando: sábado, 26 de junho, às 11hs

Local: Teatro do Cultural - Rua Riachuelo, 1257 - PoA - RS

Entrada Franca

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Campeonato de Literatura


Em plena Copa do Mundo de 2010, estamos vivendo um Campeonato de Literatura.

São 27 obras - apenas de Contos - publicadas em 2008 e 2009 e que, além da disputa entre os livros, haverá eliminatórias e até campeão.

Esse é um jogo baseado na Copa de Literatura Brasileira (do blogueiro Lucas Murtinho, que por sua vez inspirou-se no projeto americano "Tournament of Books", da revista eletrônica Morning News) e os livros concorrentes são do Rio Grande do Sul e é SÓ, porque o Brasil e até o exterior podem participar, lendo-os (comprando pela internet) e compartilhando do grande debate sobre os resultados, com os próprios juízes e os demais leitores.

O bom é que se pode ler o livro e comparar com a crítica feita pelos “juízes”.

Ou ler o julgamento e ficar inquieto para conhecer o livro.

Então, entre lá no Campeonato Gaúcho de Literatura e dê o seu parecer.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Sessão de Autógrafos


O livro de Nali de Jesus de Souza, O Velho Homem, Editora AGE, estuda a influência da civilização açoriana no Rio Grande do Sul, com ênfase na trajetória da família Ornellas por Portugal, Ilha da Madeira, Açores e Brasil.
Seguem-se as ramificações da genealogia do autor, com incursões sobre a vida de outros personagens, de acordo com as necessidades da narrativa.


Quando: 24 de junho de 2010
Onde: Livraria Saraiva do Praia de Belas Shopping - PoA - RS
Hora: 19hs

terça-feira, 22 de junho de 2010

Oficina Literária


De forma gratuita e com 15 vagas,
de 01 de julho a 19 de agosto, uma vez por semana, a Coordenação do Livro e Literatura está com inscrições abertas para a Oficina Literária vinculada ao concurso "Histórias de Trabalho e Poemas, no Ônibus e no Trem".

Temas como:

- a função poética da comunicação;

- a organização do pensamento através da prática textual e

- a liberdade imaginativa

serão discutidos e colocados em prática com a produção textual de diversos gêneros literários como poesia, contos e narrativas.

A oficina será ministrada por Diego Petrarca, com participação de Fernando Rozano.

As inscrições podem ser feitas na Coordenação do Livro e Literatura (Av. Erico Veríssimo, 307 - PoA - RS), de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h. A oficina se dará no mesmo local.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sem respostas


Divido com vocês a crônica "Sem respostas", da jornalista Cláudia Laitano:

"Quem gosta de literatura acaba criando em torno de seus autores favoritos uma espécie de mitologia particular. Não que suas obras se transformem em algo parecido com um livro sagrado, congelado no tempo e avesso ao debate. Muito pelo contrário: um grande livro sempre é recriado de forma única a cada novo leitor que dele se aproxima, e alguns autores conseguem a proeza de irem se aperfeiçoando muito tempo depois de terem morrido – como se épocas diferentes fossem capazes de produzir novas e insuspeitadas leituras, em vez de apenas sacralizar as antigas. Nessa mitologia laica não existe culpa, nem pecado – apenas reconhecimento e reverência aos autores que nos tocaram de forma especial em determinado momento. Como se estivessem todos ali reunidos em uma catedral invisível, um templo construído unicamente para a celebração particular daqueles homens e mulheres que, através da literatura, nos tornaram um pouco mais humanos – e menos solitários.
Se o leitor é ateu e calha de incluir Dostoiévski entre os grandes de seu olimpo literário, como é o meu caso, não é raro que seja confrontado com o célebre enunciado do romance Os Irmãos Karamazov (1879): “Se Deus não existe e a alma é mortal, tudo é permitido”. Boa parte do século 20 foi ocupada por discussões filosóficas a respeito dessa pequena frase – o que já demonstra a genialidade do livro. Mas cada leitor de Dostoiévski, do mais erudito ao mais inocente, é convidado a confrontar-se com ela da forma que mais lhe faz sentido. E essa é a beleza da literatura: sua natureza essencialmente antidogmática, mesmo quando parece o contrário. Porque a grande literatura é aquela que tenta entender, e não a que tenta ensinar. Dostoiévski nos comove porque sua angústia é genuína e não porque encontra todas as respostas.
Mais ou menos na mesma época de Dostoiévski, um certo autor português, muito popular no Brasil em determinada época, oferecia um contraponto à questão colocada em Os Irmãos Karamazov. Em Os Maias (1888), de Eça de Queiroz, o personagem Afonso da Maia, ateu convicto, ensina ao neto, Carlos, que a ausência de Deus não exime os homens de bem de viverem segundo uma determinada pauta de valores universais. Não é porque não há nenhum policial cuidando que vamos todos correr para assaltar um banco. Admitir que a única coisa que nos impede de fazer o que é certo e justo é a iminência do castigo, neste ou no outro mundo, de alguma forma nos diminui enquanto seres humanos potencialmente livres e responsáveis. E esse é um dos grandes equívocos que ainda vêm à tona quando se coloca a religião em debate.
Há grandes autores entre ateus e não ateus, mas poucos grandes autores absolutamente satisfeitos com tudo o que sabem. Em uma entrevista recente, perguntaram a José Saramago, um dos mais célebres ateus da literatura contemporânea, qual a questão que ele ainda não havia conseguido responder: “A pergunta que não consigo responder é muito simples: para quê? Para que tudo isso? Vou morrer sem encontrar a resposta. Creio que ninguém nunca encontrou”.
Um grande autor é esse sujeito que amplia o alcance das nossas perguntas, sem necessariamente oferecer todas as respostas. O resto é barulho.(Zero Hora - 19/06/10)"

Ressalto que, ao encontrar um texto que debata/contribua para os iniciantes na Literatura, e se seu autor permitir, colocarei aqui.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Por que “Preciso de Doritos!”?


Você deve estar se questionando sobre qual o motivo de eu ter usado esse cabeçalho, se nada relacionava à crônica.

É que fiz uma pequena brincadeira/homenagem com a talentosa e sensível escritora Martha Medeiros, que irá lançar seu próximo livro em outubro.

Ela escreveu em seu blog, estar naquele momento (30.05.10) ansiosa em busca de um nome; e que comia furiosamente Doritos, depois de já ter jantado (leia a crônica; é muito boa!).

-

Na falta de um título melhor, coloquei esse (para ver se vinha inspiração). E não é que funciona?

Olhe o nome escolhido para o novo livro de ficção dela:

“Fora de mim”

Não ficou ótimo?

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Preciso de Doritos!


Ainda sobre o trânsito - mas de outro ângulo, e como exemplo de um texto que inicia por um caminho, dá uma enorme volta, parece perdido, mas retorna ao ponto inicial, divido com vocês a crônica publicada ano passado no blog ZH Zona Sul, do jornal Zero Hora, sugerindo uma reflexão para o período de Páscoa.


“A culpa já o pegou em algum cotovelo da vida?

Pois eu passava em frente a uma das tantas escolas que temos pela Zona Sul e não é que tive sorte?

Por entre os carros estacionados, sai um menino com skate ficando vinte palmos diante do meu.

Ele, de no máximo 12 anos, ria, girava o corpo para um lado, para outro, as mãos no ar a fazer equilíbrio e gestos de satisfação; os joelhos curvados feito cobra para esquerda, e para a direita e para a esquerda novamente, sem conseqüência alguma e próprio da idade, posando para as quatro fotos que meu passageiro obteve.

O microsskatista desceu pleno de felicidade uma lomba de aproximadamente duzentos metros.

-

Ficou preocupado se conhece a criança?

Seu filho talvez?

Um sobrinho ou neto? Vizinho, quem sabe?

Não divulgarei as fotos até porque, prestem atenção: noutro dia, em frente a outra escola, aconteceu a mesma coisa.

E também com um pré-adolescente!

Eu não acreditei no que via e pensei: duas vezes a cena defronte aos meus olhos, com certeza é Deus mandando escrever sobre o assunto.

Se ocorresse uma, quem sabe eu nem ficaria alerta, mas duas:

Ele está me fazendo de instrumento.

Sim, porque tenho a convicção de que todo o ser humano serve como meio Dele para fazer um ou outro sentir um pouco mais de felicidade, cuidado ou amor.

Ou tudo junto.

Mesmo que à distância, como estou fazendo agora, com este alerta aos cuidadores desses pequenos.

-

Penso com meus laptops de quem seria a responsabilidade dos atos das crianças:

“- Já escovou os dentes? Fez os temas hoje? Te comportastes? Respeitou as pessoas?”

Levante a mão quem ouviu essas perguntas pelo menos quinhentas vezes ou as fez para alguém.

Eu sei, elas cansam a pessoa que escuta e muito mais a quem pergunta a todo o momento.

Mas eu falava em culpa no início deste post.

Uma forma de evitá-la é não desistir de ser responsável.

Boa Páscoa.

(Maria Valéria de Lima Schneider - Crônica publicada em 11/04/2009)"