Se tiverem comentários, literalmente é só falar.







sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Meu Pequeno Trajeto Político


“Em função das eleições no próximo domingo, dia desses lembrei do que ocorreu quando me candidatei à vice-direção na escola. Foi no tempo em que vice no Brasil era nada. Mesmo assim, estava lá.

Essa ambição veio porque, algumas ideias, unidas ao fato de não ter responsabilidades maiores e ninguém depender de mim, deixavam tempo para dedicação aos alunos e suas famílias.

Após conversas laterais, bilaterais, transversais, reuniões, estudo de ideias a implantar, criação de botons, panfletos e folders, apoios e debate público entre as duas chapas, a minha perdeu e continuei a dar aulas. Como até hoje.

E aqui é o ponto da minha recordação: nos anos seguintes, a postura do meu diretor foi elogiosa.

Nesse tempo, precisei da interferência dele umas três ocasiões.

A primeira foi em relação ao mau comportamento de um aluno; a outra, foi para pedir um caderno que faltava e a terceira nem tenho mais registro na memória, de tão sem importância que deve ter sido.

O fato é que, quando eu chegava e punha o pé direito na esquadria da porta de entrada de sua sala, ele, sentado ou em pé, prestativamente se dirigia ao meu auxílio. Estivesse o que estivesse fazendo em seus trabalhos burocráticos, parava imediatamente e me atendia de forma educada e respeitosa.

Confesso que ficava constrangida com tamanha atenção: afinal, não sei se os muitos professores, alunos, pais e funcionários que o haviam apoiado em campanha eram tão depressa atendidos.

Porém, devo acrescentar que sou professora daquelas que pede rara ajuda, pouco socorro, pois tento conversar, argumentar, puxando o lado ético e justo da situação, e ela acaba, na maioria das vezes, se acomodando.

Talvez ele levasse isso em conta.

Mas prefiro crer que de tão sério no que fazia, se houvesse alguma divergência de ideias entre nós por motivo das eleições, isso era passado.

Agora, o objetivo era por uma só causa: o bem da escola.

(Maria Valéria de Lima Schneider)”