"Toda Cinderela precisa seu dia de baile, então, semana passada fui assistir a dois longas-metragens infantis: O Pequeno Nicolau e Shrek Para Sempre.
Um adulto ver filme de criancinha? Plá!
Darei algumas dicas de como fazer.
Você finge ser um espião: compre um saco de pipoca (pequeno não serve, mas leve muito dinheiro) e um refrigerante, espere chegar um grupo de pelo menos três filhos, sobrinhos e adjacentes e fique na espreita, meio de perto meio de longe e, quando você vir que eles estão se dirigindo à fila do porteiro, coloque-se atrás, assim, fingindo ser mais um a cuidá-los.
Passada essa etapa, vá os acompanhando, parecendo ser do grupo e, quando você entrar naquela escuridão, relaxe e pegue um bom lugar - de preferência, sozinho.
Brincadeirinha; vou lançar aqui um abaixo-assinado para que todos os adultos possam ir ver todos os filmes infantis, sem constrangimentos.
Pergunto: Qual adulto um dia não foi criança?
E mais: Que criança não fica hipnotizada diante de desenhos animados?
Portanto, aí está o primeiro motivo de quem já cresceu ir: resgatar as sensações boas de quando se era pequeno.
Experimente! Raro saí de filmes de desenhos infantis com baixa impressão.
Segundo motivo: de alguns muitos anos para cá, os escritores&roteiristas e diretores de películas mirins têm feito uma combinação tão qualificada, escrevendo frases de efeito e com efeito, situações cotidianas vistas de ângulos distintos, abordagem de temas atuais como adoção, uniões diferentes, aceitação do desigual, a partida de quem se ama, e tantos outros, que o resultado emociona, e sacode, qualquer período.
Quem assina primeiro?
(Maria Valéria de Lima Schneider)"